Franz Listz escreveu sua obra orquestral La Notte entre os anos de 1860 e 1864, concebendo-a como uma versão estendida de Il Penseroso das suítes Annés de Pelerinage. Liszt indubitavelmente manteve La Notte em sua estima, pois indicou no final da partitura autografada que ela deveria ser tocada em seu funeral. A obra em que se baseou, Il Penseroso (que significa "o pensativo"), pode ser considerada uma obra sobre o próprio Liszt, visto que pensativo foi o apelido que ele usou quando escreveu cartas a Marie d'Agoult. Segue-se assim que La Notte (A noite) é uma espécie de descrição da morte de Liszt. A obra está em dó menor e costuma ser catalogada como S. 112/2. Embora La Notte tenha sido escrita para orquestra, a versão original só viu a luz em 1916, quando foi publicada pela Breitkopf & Härtel. A primeira versão a ser efetivamente publicada foi a versão para piano solo (S. 516a), arranjada em 1866 e editada em 1883 por Schott. Existem outras versões, para piano a 4 mãos e duos de piano e violino (S. 602 e 377a respectivamente).
